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O nosso holocausto


Acabei de ler o Diário de Anne Frank. Meio tarde, por sinal.

Todo mundo conhece a história da jovem judia vítima do Holocausto. Eu já conhecia, já tinha visto documentário, mas nunca lido o livro.

Quando cheguei na parte final da publicação e me deparei com a frase “O Diário de Anne terminou aqui”, meu coração disparou e chorei.

Chorei porque eu sabia o fim da história, que Anne foi morta, lembrei das aulas de história sobre o holocausto e das cenas terríveis dos campos de concentração.

Chorei porque associei a história de Anne com a realidade atual de tantas crianças que sonham em mundo que não permite que as realizações delas aconteçam.

Chorei porque imaginei em qual lado eu estaria desses momentos históricos da humanidade: escravidão, nazismo, apartheid.

Chorei porque refleti qual lado da história atual eu estou quando mulheres, negros, favelados e homossexuais manifestam os seus direitos básicos.

Chorei ao lembrar um trecho do livro que Anne conta do conselho da sua mãe, no anexo secreto:

“Pense em todo sofrimento que há no mundo e agradeça por não fazer parte”.

Para Anne, o melhor conselho seria:

“Saía, vá ao campo, aproveite o sol e tudo que a natureza pode oferecer. Saia e tente recapturar a felicidade que há dentro de você; pense na beleza que há você e em tudo ao seu redor. Seja feliz. A beleza continua existir, mesmo na desgraça”.

Chorei pela Anne.

Chorei pelas cenas das guerras, inclusive das favelas cariocas.

Chorei porque de alguma forma existe muita gente que acredita que é superior a outras raças, classes sociais, religiões, nacionalidades, gênero, sexualidade.

Chorei porque de alguma forma o holocausto ainda existe.

E em qual lado da história vc está?

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