Seja coragem

Sempre preferi pessoas que me incentivam, a pessoas que me podam. Sempre quis ser esse tipo de gente para os meus amigos. Acho assim ó: quem te critica demais, te censura, incentiva seus preconceitos pode até te amar, mas ama até certo ponto. E amar até certo ponto não é amor. Amar o semelhante é fichinha, fácil demais. Amar o diferente aí exige, sim, MUITO amor.

Nesse Carnaval, um amigo ao saber que deixei de fazer algo por medo do preconceito, me encorajou e me deixou lembranças que foram além daquele bate papo ali de dois bêbados em plena folia. Ele me disse que por mais que seja difícil viver nesse mundo que a tolerância é a voz alta de gente cega e surda, eu deveria ousar mais pelas próximas gerações e que a gente só faz diferença no mundo quando se arrisca e coloca a coragem na frente de qualquer vitimização.

Não podemos deixar o preconceito dos outros falar mais alto que o nosso coração. Temos tanta gente legal ao redor, que te respeita e te ama que podemos, sim, fazer os outros nos respeitarem também. Precisamos ser felizes pela gente mesmo e pelas pessoas que nos amam. Não podemos, repito, deixar que a rejeição seja maior que a gente. Quem muito quer aceitação acaba perdendo do seu próprio eu e das próprias vontades.

Que nossa indignação e dor virem força pra gente enfrentar esse mundo, porque apesar de tanta intolerância, tem muita gente com o coração e mente abertos. E mais do que saber que tem muita gente ao nosso lado, é saber que nossa felicidade e consciência limpa são nossos maiores aliados e os ingredientes essenciais para uma vida tranquila. Quebrar regras é necessário por mais que traga sofrimento por alguns segundos. Que a gente seja coragem e incentivo para as pessoas. Que todo amor que eu recebo de quem me envia, se transforme em afeto. Que nós sejamos sempre humanos.

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