Perdido na vida

Ser perdido na vida é viver eternamente em busca de algo que você não faz ideia o que seja. Pode ser por um emprego ideal, um amor para vida inteira ou ter uma casa na praia. Pode ser uma busca por tudo ou nada disso.

Ser perdido na vida é não se conformar com a receita de felicidade que a sociedade te entrega: tenha um casamento, faça filhos, forme uma família, tenha um emprego de luxo, trabalhe 15 horas por dia e mantenha o status do cara que se deu bem na vida profissional, mas a vida pessoal tá cagada.

Ser perdido na vida é não saber aonde você quer chegar, mas compreender aonde você não quer parar: no senso comum, na acomodação, na prisão moral, na puxação de saco e de tapete, na vaidade e maldade.

Ser perdido na vida é ser fiel aos seus próprios sentimentos e ser sincero com o outro. É ser real e transparente.

Ao me perder, eu conheço amores, faço amigos e descubro anjos por aí.

E o mais importante é que eu me encontro diariamente e descubro cada vez mais sobre quem eu sou. Encontro desafios e com isso tenho perdas, ganhos, desencontros, encontros, fins e começos.

Eu sigo sem bússola, sem mapa, sem destino, mas em uma viagem que o roteiro é eu estar bem com a minha consciência e o meu sexto sentido.

Talvez se eu tivesse tantas certezas na vida, teria me privado de várias experiências e aprendizagens. E, principalmente, não ter conhecido o melhor e o pior do outro.

Se perca, mas não deixe a sua essência se perder de você.