Cinderela
- Ramon Cotta
- 21 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Durante uma conversa sobre uma paquerinha que eu estava insistindo para que a coisa caminhasse para frente, meu amigo soltou a seguinte mensagem:
"Ramon, se tem uma coisa que aprendi na vida, é que se não der corda e não render é porque a pessoa não quer. Quem quer faz questão".
E na hora que ouvi isso parecia que meu amigo tinha falado a coisa mais óbvia do mundo, mas que eu não tinha assimilado ainda. Ou eu não queria cair na real de que não adianta a gente forçar as coisas.
Não vamos calçar um sapato de numeração menor, nem ficar perfeitamente bem em uma calça mais justa, porque simplesmente coisas forçadas não funcionam. Só apertam e fazem doer. E isso serve para pessoas e relacionamentos. Serve para a nossa vida.
Pessoas forçadas são chatas. Relacionamentos forçados são frustrados. Sentimentos forçados são frágeis.
Aí eu estava aqui viajando na maionese e fiz uma analogia com a história da Cinderela. Quando eu era criança eu sempre questionava como que o príncipe andou pelo reino todo e não tinha uma mulher que calçava o bendito número da Cinderela. Mas a mensagem que o conto quer passar é bem mais complexa.
Não adiantava o príncipe calçar aquele sapato em qualquer moça, forçar uma situação, por exemplo, porque o amor da sua vida era Cinderela. A medida daquele amor estava definida sem precisar coagir nada.
A lição que fica é que algo forçado, insistido, implorado, não é natural. Não é real. Não vale a pena a gente vestir algo que não é nosso e que não faz parte de quem nós somos. Nem vale a pena insistir ter alguém ao nosso lado que não quer ficar de forma livre e espontânea.
Se for preciso forçar é um sinal que isso não é do seu tamanho. Não é o ideal.
Sigo igual o príncipe, mas sem ser príncipe e muito menos sem procurar uma Cinderela, em busca da numeração certa que, sem forçar, vai caber e fazer muito bem para mim.

























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