A vida de solteiro e a Jennifer Aniston
- Ramon Cotta
- 5 de dez. de 2016
- 2 min de leitura

Recentemente, eu estava conversando com uma nova amiga. Papo vai, papo vem sobre a vida, a nossa profissão e relacionamentos, eu soltei:
- Mas eu não sei se quero namorar agora. Quero curtir SP solteiro ainda um pouco.
Silêncio.
Ela olhou para mim com uma cara assustada e disse:
- Estou chocada com isso. Logo você, Ramon!?
Quando ela soltou esse "Logo você, Ramon" eu que assustei. Fiquei pensando o que ela quis falar com isso. Será que eu passo a imagem de desesperado? Carente? O psicopata para casar? Meu Deus! Depois de alguns segundos, ela soltou:
- Logo você, Ramon, que passa essa imagem tranquila e é um fofo.
Respirei aliviado.
Mas fiquei pensando: que choque é esse em ouvir de uma pessoa que no momento ela está bem solteira?
Tenho uma conhecida, que o estado de espírito dela depende se ela tá ou não com um namorado. Quando ela tá de casalzinho, ela vira um amor de pessoa. Está sempre tranquila, animada, em paz e sempre que escuta dos amigos solteiros histórias de baladas solta aquele respiro de alívio por não precisar mais disso.
Meu último relacionamento mais sério, a pessoa falava que não sabia lidar bem comigo. Que ao mesmo tempo que sou apego, eu grito por desapego. Ao mesmo tempo que quero ficar num domingo deitadinho junto, eu clamo por um sábado com os amigos em alguma balada open bar.
Quando a gente assume que no momento não quer algo sério, somos rotulados de "o safado que quer só pegação", "a pessoa que sofre de algum problema psicológico" ou "o encalhado".
Esse ano, a Jennifer Aniston (amo tanto <3) deu até uma entrevista sobre isso. Ela conta que a imprensa e o público geral medem a felicidade dela de acordo se ela está ou não acompanhada. Que ela sempre foi rotulada como a coitada por não ter casado novamente após o bapho do Brad com a Angelina. E no depoimento, Jenn reforça que a felicidade dela não pode ser medida se ela tá casada ou não tem filhos ainda.
E é isso, a vida é mais do que se você dorme com alguém todos os dias ou se cada fds você dorme com uma pessoa diferente. Ou simplesmente não dorme com ninguém.
Talvez a beleza do viver seja amar várias e várias vezes.
Talvez seja amar uma vez só e ter um feliz para sempre.
Talvez seja amar as pessoas que os open bares da vida te oferecem.
Talvez seja reciclar sempre os ciclos de amizade e manter os velhos amigos por perto.
Talvez, talvez, talvez.
Tem tantas possibilidades de felicidades e a gente se apega em um modelo só, num jeito singular e em um padrão de viver.
Eu caminho seguindo a minha própria consciência e a procura do meu modo de ser feliz.
Mas concordo com o Tom Jobim quando ele diz que na vida o fundamental é mesmo o amor, mas complemento que mais do que o amor, são os amores que a vida nos oferece diariamente em suas diversas formas ❤️.

























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