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Missão padrinho


Era uma quarta-feira à tarde quando recebi uma mensagem da namorada do meu irmão com o seguinte convite: você aceita ser o padrinho do nosso filho? Na hora, meus olhos se encheram d'água. Quase explodi de felicidade. Ao mesmo tempo, a alegria se misturava com a ansiedade e insegurança. Perguntas pipocavam na minha cabeça: será que vou dar conta? Como será que é ser tio de menino? Que presente vou oferecer? Como vai ser daqui a alguns anos? Como faço para conquistar a confiança? Enfim, minha mente borbulhou de questionamentos.

Nunca tive dentro de mim competições por títulos. Por exemplo, em ser o melhor amigo, melhor aluno, melhor filho, melhor primo, melhor sobrinho, melhor tio. Foco mais em oferecer o que eu posso e a minha verdade para o outro sem me preocupar com a premiação que eu posso receber de retorno.

Quando a gente compete para ser amado, nós deixamos de ser humanos. Viramos meros atletas treinados que usaram medicamentos proibidos para conquistar uma vitória fake e forçada.

E é isso que eu quero que meu afilhado saiba. Independente do sentimento que vou receber de volta, vou oferecer um amor imenso. Quero, que no futuro, ele me ligue para contar das primeiras paixões. Que me peça conselhos quando vivenciar decepções com os amigos. Que me conte segredos. Que me fale como foi o show da sua banda favorita. E que a gente ria muito juntos. E chorar também, claro.

Quero que ele saiba que vai ter sempre um padrinho pronto para escutar sem julgar. Porque o julgamento acaba com as relações, oferece sofrimento e enterra o amor.

Quero que ele saiba que quem escreve o próprio destino é a gente mesmo. Porque a liberdade oferece lições, dores, amores e, principalmente, proporciona a felicidade.

Quero que ele siga suas próprias intuições e desejos. Porque a consciência limpa promove a paz interior.

Quero que ele saiba que terá sempre o meu apoio. Porque eu sei da importância em ter alguém que nos ame, que nos aceite e que podemos contar sempre que for necessário. Não precisa apoiar, não precisa concordar. Bastar estar ao lado!

Que eu não esqueça que eu já fui uma criança, um adolescente e um jovem cheio de dúvidas, medos, erros e acertos, em busca do meu próprio ‘feliz para sempre’ e da aceitação dos outros.

Que eu pratique com o meu afilhado a empatia.

Encaro ser padrinho não como presente.

Encaro como missão.

Encaro com um grande ato de amor e doação. Já te amo, afilhado!

Um mundo lindo te espera por aqui. Pode confiar!

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