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Prometo não prometer

  • Ramon Cotta
  • 26 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

Eu nunca fui muito bem com promessa. Acho que ninguém é. Pelo menos eu conheço muita gente que falha neste ponto.

Uma vez prometi ficar 3 meses sem beber refrigerante. Ok que fiquei 90 dias sem tomar, mas criei duas cláusulas. Durante esse tempo se eu quisesse beber refrigerante eu podia, mas aumentaria mais um dia do juramento. E a outra regrinha é que refrigerante + vodka estava super liberado.

Mas eu chego ao fim de 2016 com a primeira promessa que eu cumpri. Prometi escrever um textão por semana pro meu blog. Dito e feito. Não falhei.

A ideia dessa promessa surgiu logo que mudei para São Paulo. Eu estava tão sufocado, sem tempo para mim e estava ficando agoniado. Escrever foi uma forma de terapia. Assim surgiu o CALMA, EU ME PERDI AQUI.

Tinha semana que eu escrevia três textões pelo celular. Sim, tenho mania de escrever os textos no caminho para o trabalho, no shopping ou quando já tô deitado me preparando para dormir. Produzo pelo o bloco de notas do aparelho telefônico.

Tem textos que ainda não publiquei. E outros que acho que nunca vou publicar, como um que escrevi para um ex. As vezes dou uma lida nele e penso: como gente apaixonada é patética, né? Por isso acho que nunca vou divulgar. Tenho vergonha na cara agora. No dia que eu escrevi, claro, eu não tinha vergonha, noção da realidade e nem amor próprio.

Fecho o fim desse ano feliz com a promessa cumprida e com muito orgulho de mim. Nem é porque mudei de cidade e arrumei um emprego novo. Porque em SP eu continuo um perdido na vida, tentando me encontrar, bem confuso com tudo e com a certeza que a felicidade vem mais de dentro.

Fecho bem o ano porque não me vendi, continuo acreditando nos meus ideais, sendo fiel as pessoas que eu amo e nas causas que eu defendo. Ainda mantenho quem eu gosto por perto mesmo com a distância e conheci tanta gente maravilhosa. Permaneço com o coração aberto para me descobrir e experimentar sempre o que minhas vontades e desejos gritam.

2016 foi um ótimo ano? Não sei. Acho que não. A gente não tem que tá feliz todo ano, esbanjando alegria todo ano, ser o protagonista todo ano, tá no topo todo ano.

2016 não fui tão feliz, mas foi o ano que eu estava mais seguro, mais bem resolvido e muito bem comigo mesmo. Talvez faz parte do percurso da vida. Autoconhecimento é um exercício eterno e necessário. Quem não está bem consigo mesmo não é feliz com ninguém.

Tenho a impressão que a temporada 2016 eu fui aquele personagem que ficou resolvendo a sua vida sem que a série exibisse, mas aparecia em algumas situações para dar pitaco na vida dos principais.

Ainda não fiz promessa para o novo ano. E nem pretendo fazer. Nem de escrever toda semana eu prometi. Vamos ver o que espera a temporada 2017.

Sem pressa, sem cobranças, sem estresse. Sigo a vida escutando o meu coração e sendo levado pela razão.

Desejo que vocês se percam, igual eu me perco por aí. Cada perdida, uma história. Cada choro, um aprendizado. Cada risada, mais um minuto que prova que vale a pena viver. Cada ano, mais chances virão.

Feliz 2017.

 
 
 

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Calma, eu me perdi aqui © 2016 por Ramon Cotta 

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