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Escolher, ter fé e remar

  • Ramon Cotta
  • 24 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

Na semana passada, uma amiga, que estava bastante mal porque tinha que tomar uma decisão, me procurou.

Conversa vai-conversa vem sobre o assunto, eu disse para ela que não caberia a mim, naquele momento, falar qual seria a melhor escolha para ela, mas que qualquer decisão que tomasse seria a melhor. E que a vida ia mostrar isso. Aproveitei a situação e contei a história que me levou até onde estou agora, em SP. E tudo começa em 2014.

Logo que formei eu já fazia um freela para umas revistas. Foi nesta época que eu descobri a paixão pelo o jornalismo impresso. Foram anos de histórias e aprendizado. Mas trabalhar com freela vocês sabem como é, né, você não tem a mínima segurança e garantia se o dinheiro vai entrar na sua conta no próximo mês.

Enquanto eu trampava na editora, surgiu a oportunidade de um outro emprego envolvendo política. O salário era quase 3 vezes mais que eu tinha, além, é claro, de todas as garantias que um trabalhador quer.

Eu, na época, um jovem recém formado, com o espírito sonhador/iludido gritando forte dentro de mim, recusei. Optei ficar na revista, área que eu AMO de paixão, e deixei de lado o dinheiro.

Meses depois, a grana do freela só caía e a quantidade de trabalho diminuindo. E eu pensando no emprego que recusei. Até que surgiu o convite para eu trabalhar em uma determinada agência. Foi uma experiência extremamente rica, trabalhei com redes sociais, com um chefe sensacional e conheci pessoas fantásticas.

Depois de um tempo, por diversos motivos, fui começando a mexer com assuntos que eu não queria, funções que eu não amava, e o tesão pelo o trabalho se perdia. Comecei a me sentir sem rumo e sem vontade. Queria mudar, me arriscar e correr atrás dos meus objetivos. Mas o medo competia com a minha coragem.

Até que a crise chegou e fui dispensado. E foi a sensação mais estranha do mundo. Eu me sentia bem, muito bem. Aliviado. Naquele momento, aquele medo que eu tinha em me arriscar acabou. Tirei um peso das costas.

Exatos 8 dias depois, de surpresa, surgiu a oportunidade de trabalhar em São Paulo por indicação de um grande amigo. E cá estou!

Voltando ao início do texto: e se eu tivesse aceitado o emprego de política? Estaria até hoje lá, ganhando bem, mas acomodado e infeliz? Se eu não tivesse saído da agência, eu estaria até hoje na casa dos meus pais?

É o que eu falei para essa minha amiga. Às vezes nem é coragem, às vezes a gente arrisca porque nem tem nada a perder. É a opção que aparece ali. A gente vai e pronto, sem pensar. A gente coloca o coração na decisão e reza.

Escolher é sempre deixar de lado algo que você nunca saberá como foi. E se não foi, é porque não é para acontecer e fazer parte da sua história.

Escolher é depositar fé. Escolher é evoluir. Escolher é se preparar para o que vier. Escolher é aceitar o destino, que é diferente de não reagir e não confrontar as situações. Escolher é mostrar pra vida que ó, pode vir, que tô preparado. Escolher é um spoiler da vida adulto que sempre estará presente. E que bom que temos opções, pense positivo.

Então, escolha, "aponta pra fé e rema". E boa sorte nas suas decisões

 
 
 

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Calma, eu me perdi aqui © 2016 por Ramon Cotta 

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