Ódio e a lei de Newton
- "Tomara que a Marisa (mulher de Lula) morra. Gente ruim tem que morrer mesmo".
Foi essa frase que escutei numa manhã quando eu caminhava para o trabalho. Era uma senhora que parecia ter bastante orgulho do que falava. Ela dizia as palavras em bom tom para qualquer um que passasse na rua ouvisse. Ao final, soltou uma risada bem forte.
Gente boa que deseja a morte de gente ruim. Jesus Cristo, isso te lembra alguma coisa?
Vivemos a era do ódio.
É ódio ao um partido político, as feministas, aos homossexuais, aos esquerdistas, aos coxinhas, aos cotistas e aos presidiários. É um ódio ao diferente.
Ódio é algo que vai e volta.
Se gentileza gera gentileza, ódio gera ódio.
Gera gente que explora o funcionário porque no passado não teve a sorte de ter um chefe legal.
Gera gente intolerante porque o ódio é tão forte que cega a empatia. Gera gente que já entra em um relacionamento com os traumas do passado e descarrega a raiva em uma pessoa que está disposta a ama-la.
Gera gente amargurada porque ainda não superou a babaquice de alguém infeliz.
Ódio gera falta de conhecimento.
Ódio gera falta de humanismo.
Desejo melhoras a Dona Marisa, desejo que o preso pague pelo o crime que cometeu de forma digna e que se recupere. Desejo saúde aos homofóbicos para que a vida os ensine o quanto se perde quando não temos a capacidade de amar as diferenças.
Desejo coisas boas porque acredito na lei da gravidade, de Isaac Newton. Tudo que a gente joga ao universo volta. E o retorno vem mais forte ainda
