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Um brinde ao caos

  • Ramon Cotta
  • 30 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

Assisti o La La Land. É um musical bem gostoso, que recebeu 14 indicações ao Oscar. Fui ver interessado em saber o por quê a produção levou tantos prêmios.

Alguns dias antes de ir ao cinema, li vários comentários que a trama narrava um romance e comecei a criar menos expectativas. Eu tenho PAVOR de romance porque sempre que acaba eu fico me sentindo pra baixo, por não viver um amor da sétima arte na vida real. Enfim, amei o longa e percebi que resumir a história em um casal de apaixonados é um grande erro. La La Land fala de AMOR, mas, principalmente, do amar a si próprio e os seus sonhos. Não vou dar spoiler aqui, relaxa! O filme também questiona: você abriria mão de seu amor por um sonho? Você abriria mão de seus sonhos por um amor?

Recentemente, um parente virou para mim e disse: - Ramon, lembra que quando você era pequeno vivia falando que ia se mudar para São Paulo e trabalhar com o Sílvio Santos?

Pode rir. Na hora também ri. Continuo MUITO fã do Sílvio. Mas cá estou eu, depois de anos, morando em SP, mas sem trabalhar com o comunicador.

A minha vinda a SP ocorreu no momento que eu vivia uma relação amorosa em MG. Não era bem namoro, mas era um caso de 6 meses em que a gente se via todo final de semana.

Na minha quarta noite morando em terras paulistas, quando me toquei do que estava ocorrendo com minha vida, eu chorei bastante. De soluçar. Um choro incontrolável. Questionava aos céus porque eu tinha que me mudar logo no momento que conheci uma pessoa tão bacana e que me fazia tão bem. Eu tava meio fudido profissionalmente, porém bem emocionalmente.

Foram alguns dias de pensamentos, choros e reflexões. Decidi então ir livre a São Paulo, aberto e disposto a me entregar 100%. Com a cabeça e coração focados aqui. Sempre fui muito razão. E ser razão também nos faz sofrer um tantão, sabia!?

Voltando ao La La Land, numa das cenas, a personagem da Emma Stone diz a seguinte frase: a gente cresce e muda de sonhos. E muitas vezes desistimos deles porque eles doem.

E mais que doer, as vezes, temos dentro da gente, um medinho que nossos sonhos virem realidade. Por alguma razão a gente se auto boicota. Temos medo do fracasso e do sucesso. Quem tem mais medo de sofrer, menos tem possibilidade de ser feliz.

Tem um diálogo do filme que achei singelo, mas com um significado tão forte. O personagem do Ryan Gosling ao sair de um dia de trabalho recebe o seguinte comentário: - até que você não tá indo nada mal com os seus projetos.

Ryan responde: - Nada mal também é bom.

E é bem isso. Talvez os sonhos não se transformam do jeito que a gente imaginou. No meu caso, era morar em SP trabalhando com o Silvio (risos). A jornada é mais importante do que o destino final. Sonhar pode doer, mas caminhar em busca dos sonhos é algo que gratifica a gente e nos oferece uma bagagem grande. Vale a pena se arriscar!

Como diz uma das canções de La La Land, um pouco de loucura é a chave para encontrarmos novas cores. Um brinde ao caos que provocamos!

 
 
 

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Calma, eu me perdi aqui © 2016 por Ramon Cotta 

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