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Dias de chuva

  • Ramon Cotta
  • 7 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

No dia de hoje, eu só queria ser a moça sorridente que troca mensagens com alguém no celular durante a viagem de metrô.

Eu queria ser o senhor sentado no banco da praça que lê tranquilamente o jornal.

Eu queria ser o universitário que está no barzinho porque o professor faltou e vai poder tomar umas cervejas com os amigos.

Eu queria ser o bebê que é paparicado por todos ao passear no shopping.

Eu queria ser a mãe que cede seu lugar no ônibus para a sua criança sentar e faz um chamego no seu filho.

Eu queria ser o garoto que faz intercâmbio e está conhecendo as culturas de outros países.

Eu queria ser o colega de trabalho que vai chegar em casa e ser recebido com um abraço da esposa e do filho.

Eu queria ser o adolescente que está na fase da vida em que os seus erros são perdoados.

Eu queria ter menos responsabilidades, menos pressão, menos defeitos, menos cobranças e menos pensamentos.

Eu queria ser. O passado não tem como apagar. O futuro a gente faz no presente. Cada um é responsável por sua própria história. A felicidade depende do ponto de vista. Depende do seu olhar. Da sua fé. Da sua vontade. Do seu talento. Da sua garra. Da sua coragem.

Nós queríamos ser os outros. Mas pode ter certeza que tem por aí num cantinho alguém que queria ser você. Seja pelo o seu talento, pela sua personalidade, pelo seu trabalho, pelas suas oportunidades, pelos seus amigos ou família. Mas alguém que queria ser você.

O amor depende de você também. Dê amor e receba amor. Mas não esqueça do amor próprio. Ah, o amor próprio é o principal. Mas não exagere nele. Tem gente que se ama tanto que olha apenas para o próprio umbigo e não enxerga o outro.

É tão bom ser quem nós somos. Mas cá entre nós: tem dia que eu não queria ser quem eu sou. O meu Deus sabe disso. Quando eu falo isso Ele fica em silêncio. Mas Ele me dá outro dia, outro dia e mais outro dia.

Talvez esses dias sejam para eu melhorar cada vez mais e ter orgulho de quem eu sou.

Talvez esses dias me dão chances de erros e acertos. Talvez esses dias eu evoluo um pouquinho ao caminhar. Talvez esses dias são para eu agradecer quem eu sou. Talvez, não sei.

A única certeza que eu tenho é que o amanhã vai chegar. Que bom que existem outros dias. E como eu amo os outros dias.

 
 
 

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Calma, eu me perdi aqui © 2016 por Ramon Cotta 

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