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Não, obrigado

  • Ramon Cotta
  • 1 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Não sei se é coisa de mineiro, minha mesmo ou do meu pessoal próximo, mas tenho uma mania de sempre responder com um “não, obrigado!” quando me oferecem algo.

Nunca aconteceu em Minas Gerais, mas aqui em São Paulo, no Rio de Janeiro e até em Porto Alegre (e olha que a galera do sul é o povo mais simpático que eu tive contato) tem gente que assusta quando eu falo assim.

Logo que mudei pra SP, eu tinha mania de parar pra qualquer pessoa na rua que mexesse comigo. Até que uns amigos falaram que tem que seguir reto, pq o pessoal gruda na conversa e começa a pedir esmola ou vender coisa.

Uma vez, no Rj, minha amiga mineira recusou a proposta de venda de um amendoim com um “não, obrigado”, e o vendedor a chamou de grossa.

Outra vez, na praia, ao recusar o que o vendedor vendia com um também “não, obrigado”, ele soltou pra mim: “se não quer, não precisa falar nada”.

Hoje, fui a 25 de março. Aquela confusão real, gente pra todo lado. E, lá, vc é bastante assediado. Sabe famoso quando vai pra rua e os fãs pedem foto? Na 25 de março, vc é o famoso e os fãs são os camelôs que tentam te oferecer de tudo pra vc comprar. Só falta te segurar.

Caminhando por lá eu soltava a cada segundo um “não, obrigado” “não, obrigado” “não, obrigado” “não, obrigado”, até que no meio daquelas várias vozes (um verdadeiro coral de vendedores) eu um escutei um:

- vai tomar no cu!

Na hora, eu já tava no ritmo da minha frase e eu soltei:

- não, obrigado!

E o cara respondeu:

- o vai tomar no cu não foi pra vc, Renato Russo.

E eu soltei:

- ata, obrigado!

E assim terminei um dos diálogos mais loucos da vida.

 
 
 

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Calma, eu me perdi aqui © 2016 por Ramon Cotta 

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