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Errante


Como a gente erra. É fichinha errar por amar demais, confiar demais e se entregar demais. Excesso de amor não é pecado.

O erro que fode, machuca e remói é o erro que cometemos com quem a gente mais gosta e que nos ama.

É errar com nossos pais, com nossos irmãos. É errar com nossos amigos. É errar com quem, realmente, nos quer bem.

É um erro que dói. O orgulho nos consome e nos devora. E quando a gente vê, o tempo acabou, a estação mudou e perdemos.

E perdemos o que é o mais valioso da vida: os laços que a vida amarrou, que a sala de aula uniu ou um encontro de almas feito durante copos de vodkas que se eternizou.

Perdemos um segundo de risada que poderia virar uma hora por falta de paciência e de um pouquinho de compreensão.

Perdemos!

A gente valoriza o novo. A nova paixão, o novo amigo e a nova turma. Esquecemos que é o nosso passado que nos fortalece.

A família e os amigos são a nossa mola no fundo do poço. Mola essa, que precisa andar sempre grudadinha no coração porque assim quem sabe nunca precisamos ir ao poço.

Um dia eu vi um debate na televisão sobre empatia. Uma das jornalistas falou que é muito mais fácil ser empático com um desconhecido do que com quem tá grudadinho ao nosso lado. E é verdade!

E a empatia tem que começar por perto, bem de perto. Ao meu e ao seu redor.

Marcos Piangers em um dos seus sensíveis textões diz que a tragédia da vida não é o acidente de carro, o rapaz que morreu de leucemia ou a queda do avião.

A verdadeira tragédia da vida é o abraço não dado, o te amo não falado. Tragédia é não realizar os seus sonhos por medo ou passar a vida brigado com alguém.

E se for pra errar, que erramos por amar demais, nunca por amar de menos.

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