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O primeiro amor


Você lembra quem foi o seu primeiro amor?

Assim, do nada, minha amiga me fez essa pergunta. Estávamos num sítio, num fds que eu teria zero sinal de celular e logo zero preocupação com o mundo. Lá queria eu lembrar de exs, atuais e novos amores tendo uma vodka só pra mim na geladeira?

Mas a pergunta dela fez passar um filme na minha cabeça. Me fez lembrar do meu primeiro amor.

O meu primeiro amor não me amou, não soube que eu o amava, e muito menos demos um beijo sequer. Mas a lembrança da ansiedade daquela primeira paixão me marcou. Quem é da época do MSN sabe bem como era aquela angústia em ver o seu crush online e as estratégias de ficar off e on para chamar atenção.

Eu pensei que não iria superar o 1º amor, aí veio o segundo. O meu segundo amor não sei se me amou. Mas soube, com certeza, que eu o amava.

Eu disse um “eu te amo” durante uma DR e escutei um silêncio. OK que depois que eu soltei um “eu te amo” eu disparei um “ops, é, posso dizer que eu te amo” e ,em seguida, metralhei mais 1001 ataques relacionados à nossa DR sem dar brecha ao momento fofo.

O meu segundo amor se acabou e fiquei diversos meses remoendo aquela dor com excesso de bebida. Digo aos meus amigos que esse amor é o que eu mais amei na minha vida. Ou ainda amo?

Lembro muito bem das 24 horas do dia em que colocamos um ponto final, a angústia de não receber o WhatsApp e canção da Adele que foi a trilha sonora do nosso romance.

Eu pensei que não iria superar o 2º amor, mas veio o 3°, numa pré-balada de réveillon. Ficamos, dormimos juntos, acordamos e cada um foi pra sua festa de fim de ano e férias.

Depois de 1 mês, sem programar, nos encontramos num rolê bem bizarro, em que o teto do local caiu, e ficamos outra vez. E, se passaram 6 meses, que nos curtimos, até que eu tive que largar tudo, me mudar pra SP, e ganhei a fama de ingrato e egoísta. Mal sabe que chorei uma noite inteira por causa desse fim.

Mas o meu terceiro amor, eu só percebi que era amor, depois do término e de adquirir maturidade. Foi uma relação tão leve, sem cobranças, sem ciúmes, que eu fui perceber que eu amava, só no fim. É um amor que guardo com carinho bem forte, dentro de mim, à espera de, pelo menos, um reencontro com um abraço bem apertado.

Conversei com diversos amigos e acho que posso dizer que o amor depende da vivência de cada um.

Uma amiga acredita que a gente pode gostar de milhões de pessoas durante a vida e nunca ter amado ninguém.

Outro amigo acha que teve mais paixões do que amor. E ainda não sabe se a namorada atual dele, de uma relação de dois anos, é o seu amor.

Outra amiga acha que os cinco relacionamentos que ela teve foram com os amores da vida dela, de alguma forma e em uma fase, apesar que um deles, ela não quer ver mais pintado nem de ouro.

Um amigo e eu chegamos a conclusão que amor não é sinônimo de eternidade, romance e muito menos com o adorável brega & clichê casamento com o “felicidades para sempre” subindo na tela.

O amor pode e é de diversas formas.

Entre iguais e diferentes,

Entre amigos e famílias,

Entre pares e grupos.

O amor é sentido e pronto.

Mais simples de sentir do que falar.

E ele começa a ser conjugado no singular.

Que a metade que a gente tanto procura se encontra dentro de cada um nós.

Depois disso, basta amar sabendo que este caminho é feito numa montanha russa.

Ah, o amor! ♥️

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