top of page

A cama é de solteira e tá tudo bem

  • Ramon Cotta
  • 9 de jul. de 2018
  • 3 min de leitura

Filmes românticos eram os meus favoritos quando eu era mais novo. Com o passar do tempo e das minhas experiências, esse gênero passou a ser evitado.

Tento não ver filme com cachorro também, pq eles sempre fazem questão de matar o pobre do animal no final e eu choro 543 litros. Falando em lágrimas, vocês já assistiram o Extraordinário?

Filme romântico deveria ser chamado de ficção científica.

Peguei antipatia desse gênero e do frustrante “felizes para sempre” depois de uma decepção amorosa que me fez desidratar de chorar ao som de Adele.

Não sou insensível não, apesar que a vitória de uma menina gente fina do Acre, num reality show, me deixa mais emocionado do que qualquer romance que você possa me indicar.

Por sinal, meu romance favorito, que li, no início do ano, chamado “O ano que morri em NY”, é um livro que fala de traição e separação. E bingo se vc chutou que é baseado numa história real.

Talvez eu precise anos de terapia pra lidar com isso, concordo com vc. Mas quem não precisa? Freud explica muita coisa e acho super chique (e uma puta sorte) quem faz psicanálise.

Repito, não sou insensível, juro. No Dia dos Namorados, eu amei ver as postagens dos casais apaixonados, declarações mil, memórias sendo compartilhadas em público.

Mês passado, meu melhor amigo fez uma viagem romântica e eu fiquei igual aquelas tias corujas que curtia tudo, comentava tudo, vibrava com cada postagem e shipava muito o casal. Existe coisa mais amor do que vc ficar feliz com o amor de quem vc ama?

Eu acredito no amor. Ou nos amores. Ou nas diversas formas de amar. Acredito na monogamia. No poliamor. No relacionamento aberto. Nas relações tradicionais. Nas modernas. Nos meus amores que não tiveram felizes para sempre. Eu acredito!

Mas eu também queria acreditar numa sociedade que acha tudo bem quando vc tá sozinho. Que as pessoas não te olhem com uma cara de pena quando vc diz que não tem ninguém, que tá de boa. Estar sozinho, às vezes, parece uma sentença de uma doença terminal que as pessoas depositam em vc. E que a tia pare de soltar pra sua prima que ela tem que arrumar um namorado logo, como se fosse obrigação de cada um quando nasce a seguinte lógica: vc vai ser batizado, fazer a primeira comunhão, aos 18 anos escolher a faculdade que irá fazer; em seguida, arrumar um emprego bacanudo e pra encerrar essa história vai casar também. Ah, e casar na igreja, claro. Ah, que faça uma festa de casamento pra parentada beber de graça. Ah, que tenha filhos também, claro, pra todo mundo meter palpite no seu modo de educar.

Já não chega pagar os boletos como obrigações, agora, temos que nos apegar às amarras sociais?

Se vc tá namorando, tá ótimo. Se vc achou o seu amor e construiu uma família linda, que maravilha. Se vc tá com um crush, também tá tudo ok. Se vc tá com vááários crushs, eita que coisa boa. Se vc se separou, não se sinta culpado. Vem coisa boa por aí! E se vc tá sozinho, tá tudo bem também. Não tem problema. Dependendo, vale mais ficar só do que mal acompanhado, como diz o ditado.

Tá tudo bem se a vida não tá rolando do jeito que vc planejou, ou se a vida da sua amiga tá melhor que a sua.

O mundo gira, tudo é temporada, logo passa.

A vida não é quem está ao seu lado. A vida é quem você é e pronto.

Tá tudo bem e fique bem, tá?

 
 
 

Comentários


Posts Destacados 
Posts Recentes 
Siga
  • Facebook Long Shadow
  • Twitter Long Shadow
  • YouTube Long Shadow
  • Instagram Long Shadow
Procure por Tags

Calma, eu me perdi aqui © 2016 por Ramon Cotta 

  • Facebook Clean Grey
  • Instagram Clean Grey
  • Twitter Clean Grey
  • YouTube Clean Grey
bottom of page